terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A frase de... Secret Invasion X-Men #3

(No momento do regresso à vida, depois de uma batalha psíquica no psi-blockade dos Skrull que a deixou temporariamente como morta, uma reacção tipicamente de Emma Frost.)

Cyclops: You died for a moment.

Emma Frost: Did I --? How very Jean Grey of me. I'll try not to do it again.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Uma agradável surpresa: Teen Titans Year One

Ou talvez não tenha sido assim tanto, pois a equipa criativa envolvida anunciava, pelo menos ao nível da arte, algo de qualidade superior.
Quando foi anunciada a série Teen Titans: Year One decidi ter paciência e esperar pelo TPB que reúne os 6 números.

A curiosidade foi muita, pois a arte dos artistas responsáveis por esta série - Karl Kerschl, Serge Lapointe e Steph Peru - é mesmo apelativa e já tinha tido o prazer de contactar com ela, por exemplo em All-Flash #1 e em Flash: the fastest man alive, mas achei que estas séries Year One, em que a DC tem vindo a apostar recentemente, valem a espera para serem guardadas em TPB (tive recentemente outra agradável surpresa com o Metamorpho: Year One TPB). E embora o argumento possa não ser do mais interessante que já vi - talvez um pouco elementar de mais para o meu gosto (mas enfim, é uma história dos Teen Titans nas suas origens - alguma ingenuidade e simplicidade faziam sentido...) - a arte não desapontou minimamente.
Num estilo cartoony que associaria facilmente a séries de animação televisivas, as personagens ganham vida pela cor exuberante e pelas linhas estilizadas mas agradáveis, que conferem expressividade aos rostos, oferecendo-nos a espaços sequências verdadeiramente cómicas que tornam uma gargalhada inevitável.
Embora se possa alegar que nada disso aconteceria se o argumento não fosse bom à partida, julgo que o talento destes artistas é fundamental para fazer sobressair o que o argumento tem de melhor: a jovialidade de (pretendentes a) super-heróis que são ao mesmo tempo adolescentes.
Não sendo um épico de tirar fôlego, correspondeu muito bem às expectativas que eu tinha. Por essa razão, não posso dar-lhe menos do que 8 valores em 10.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A arte de Damion Scott em DC Special presents: Raven.

A leitura desta mini-série parecia estar comprometida, uma vez que, depois de ter lido um #1 que apresentou uma arte que desiludiu bastante, o #2 falhou a entrega. Ao fim de longo meses, a espera foi recompensada: o #2 apareceu finalmente e com ele a possibilidade de ler o resto da série (#2-5) de uma assentada só. E digo que valeu a pena, na medida em que, ao nível do argumento, Marv Wolfman - que porventura conhece a Raven melhor do que ninguém (já que a criou) - produziu uma história tipo "high school" (devido ao novo status quo da Raven), mas que apresenta a Raven no tom soturno e angustiado que sempre associei a esta personagem (e que outros argumentistas nem sempre atingem).

O que desde o início tinha deixado a desejar era a arte de Damion Scott e parece-me que, para conseguir apreciá-la minimamente, só mesmo lendo a série toda de seguida. Só assim tive tempo para me habituar ao seu registo excessivamente "cartoony". Não que esse tipo de registo seja mau, uma vez que há outros artistas que trabalham mais afastados do registo realista com assinalável sucesso (estou a pensar em Karl Kerschl, por exemplo). Mas o estilo de Damion Scott, neste trabalho, peca por ser demasiado caótico (as personagens chegam a parecer distorcidas) e por ter não conseguir representar muito bem a profundidade, o que torna as cenas muito "espalmadas" e caóticas e, até que nos habituemos à sua arte, acrescenta dificuldade em compreender a própria história.
No entanto, tomada em consideração a dimensão psicológica de toda a história (com várias cenas passadas no plano psíquico) e da Raven (os seus poderes são de natureza empática), acabei por achar que o estilo do desenhador se adequa
bastante e, no fim de ler a mini-série toda, a impressão negativa inicial não se mantinha: é diferente, não necessariamente má.
Dito isto, ressalvar que a arte de Damion Scott nesta mini continua a não se posicionar muito bem na minha escala pessoal de qualidade - um 4 em 10.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O post (do) fundador

Para estrear o balão de fala, parece promissor começar por aquele herói que desencadeou tudo isto:o Super-Homem.

Na última remessa de comics, que ainda mal comecei a ler, chegou um item que já é uma pérola: Justice Society of America Kingdom Come Special: Superman #1.

Ilustrações do Alex Ross... só isso já faz deste 
livro algo especial. O facto de o argumento ser também dele, torna-o ainda mais único. Mas o mais importante foi que ele conseguiu realmente uma boa história do Super-Homem. E como? Dando desenvolvimento ao Super-Homem da Terra do Kingdom Come, que veio parar à Terra principal (chama-se New Earth por estes dias ou será que já mudou de nome outra vez?) no actual arco de Justice Society of America. E por incrível que pareça, foi preciso um Super-Homem de um universo secundário para ver explicada de uma forma muito simples e até comovente a importância do Clark Kent para o Super-Homem ser quem é. Esse é, na minha opinião, o aspecto mais digno de nota de um livro que também se poderia distinguir pela arte do Alex Ross e da coloração de Alex Sinclair, mas embora esteja muito boa (até porque é uma nova experiência nos trabalhos de Ross), seria muito redutor apenas destacar este livro por essa razão.