Não foi preciso mais do que uma narrativa "simples" e dois intervenientes fundamentais: Nightwing e Millicent Mayne.
A história é contada de forma linear, sem voltas e reviravoltas que às vezes só confundem.
Quanto aos protagonistas, Nightwing é apresentado como o substituto natural a quem recorrer na falta do seu mentor e, nesse processo, revela-se a importância que o Batman tem para a definição do Nightwing e evidencia-se também por que razão não pode ser ele assumir o manto do morcego - Nightwing é uma personagem distinta do Batman, nasceu deste mas desenvolveu-se e afirmou-se num caminho próprio; tem aspectos que, sendo fortes para o Nightwing, para o Batman seriam fragilidades.
Millicent Mayne é, e espero que se confirme em breve numa mini-série já anunciada, uma extraordinária adição ao universo de Gotham - uma personagem humana que personifica a própria cidade de Gotham, as suas dores e tristezas, alegrias e conquistas, tem tanto de místico como de comovente e imenso potencial para as histórias do "batuniverso".Na arte, Guillem March foi outra agradável descoberta. Não conhecia nenhum trabalho seu, mas correspondeu muito bem com o que considero ser um estilo gráfico apropriado às histórias do Batman. Espero que tenha também agradado às altas figuras da DC e que tenha oportunidade de mostrar o seu talento nestes títulos mais vezes.
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